E.J – O Primeiro Caso
O dia estava chuvoso. E nada de diferente tinha acontecido. Mais uma Terça-Feira normal dentro daquele ciclo de meses; ninguém procurava mais os serviços do velho detetive Earl Jones. Não havia um caso a meses. E isso era mais entediante do que os programas da Rede TV. Está certo que as coisas não eram mais como antigamente; o velho Earl agora – dentro dos seus 40 e poucos – possuia menos agilidade do que antes, e seu cabelo branco mostrava uma experiência de alguma coisa. Afinal, o que ele era?
“- Merda, deve ser mais um pirralho que apertou essa fucking campanhia e saiu correndo. Eu não tenho mais idade pra isso…” – Disse ao se deparar com a velha cor verde-falta-de-pintura da parede que encarava a porta. Ao virar-se para fazer nada sentando naquela poltrona preta (aquela ali à esquerda, perto da fogão), viu uma folha de papel pardo, meio amaçado, em seus pés. O objeto continha um endereço, um telefone e um aviso:
“- Preciso de seus serviços para um caso. Se arrume e compareça a Rua dos Blogueiros, 32 Ap 21, Rio de Janeiro, dentro de duas horas. Caso não fique com o serviço, ligue para confirmar.” Depois me disseram, que foi uma das únicas vezes que viram Earl esboçar alguma sinal de felicidade. Não pensou duas vezes; pegou seu velho terno preto, colocou o seu “sapato da sorte” e partiu para o endereço. Sendo trote ou não, ele tinha algo para fazer. Pena para os ratos, que dessa vez iriam dormir sozinhos…
CONTINUA…
Nota: Earl Jones desenhado por João Pedro.
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